terça-feira, 20 de outubro de 2009

P.O. Batis Ial

HEHEHE.

Já que ninguém lê essa joça, vou postar aqui, uma parte da minha historinha da Batis, que está láááá pra frente. É uma partezinha que veio enquanto eu ouvia Memory Lane, do Elliot Smith. .-. Para entendê-la completamente, seria necessária a leitura de toda a história. Mas ‘isso não é necessário, e ninguém aqui quer balançar o barco, não é mesmo?’.

Gostando ou não, entendendo ou não, se você caiu no infortúnio de achar esse blog, leia o trecho a seguir. :*

[…]Uma mochila, e a roupa mais surrada que tinha. Como nos velhos tempos. O sumiço do domingo, em um lugar pra pensar, e passar o dia como ela mais gostava. E de repente a sua escolha pareceu menos dolorosa. Ela estava ali, por algum motivo. Ela tinha que estar. Então caminhando devagar, pelo lugar que ela conhecia tão bem, ela relembrou dos dias que passara ali. Era inacreditável, como tinham tantas coisas de quais ela tinha conseguido se esquecer. Mas aquela era uma coisa que ela não conseguia. Um velho hábito que só conseguira largar por causa de sua prisão. Então agora, livre de novo, sentia-se como nunca antes. E pela primeira vez em toda sua trajetória, pensou em toda sua vida, de uma forma geral, como quem conta uma história que leu em um livro. E a vida lhe pareceu um tanto vingativa. Não que não tivesse motivos, mas era irônico o modo como tudo se sucedeu em sua vida. Enquanto andava no mesmo lugar, onde andara tantas vezes em sua infância e sua adolescência.

E era surpreendente, como as árvores lhe eram familiares. E se sentiu como se nada tivesse acontecido. Como se ela nunca tivesse ficado longe dali. O tempo passou, e isso não era algo que pudesse negar. Um único grão de esperança, queria que ele tivesse voltado, e que esse fosse mais um domingo, em que ela fugia do almoço com os vizinhos. E que voltaria para casa, e encontraria não Ichy, mas os seus pais, sorridentes como costumavam ser. E enquanto ela olharia para eles com sua costumeira expressão de pouco interesse, eles diriam que ela deveria aprender a ter um pouco de humor na vida. Pois precisaria disso depois.

Teria sido realmente bom se ela ouvisse esse conselho alguma vez. Não conseguia lembrar se já havia sorrido por humor alguma vez na vida. Talvez se tivesse o feito, hoje em dia não seria tão difícil encarar as mudanças de sua vida. O mato que cresceu no terreno abandonado entre a enorme propriedade de seus pais, agora propriedade dela, era a forma mais simples de explicar o que se passava na mente de Batis. O mato em seu interior cresceu, tanto as florzinhas amarelas, quanto o resto do mato, que a maioria das pessoas considera algo feio, um sinal de abandono. O tempo passou, e várias coisas foram acrescentadas no terreno que era aquela garota, agora mulher. E nem todas essas coisas, eram boas de se lembrar. Era difícil, enxergar no meio do matagal, as florzinhas – as coisas belas. Pois elas tinham sido plantadas há muito tempo atrás, e foi encoberta por outra vegetação. E era tão difícil de achar, as cenas bonitas de sua vida, que Batis se perguntava se elas realmente existiram. E só naquele domingo, ela via sua vida de um ângulo otimista, de forma que aqueles antigos domingos, pareceram dias felizes, como ela nunca tinha percebido antes.[…]

[Larissa C.S]

E isso é tudo pessoal.

:*

sábado, 10 de outubro de 2009

Theme.

Ooooi.
Hoje em vez de postar algo que eu escrevi, vou postar o link pra vocês baixarem.
Mas é porque são 4 poemas e uma musica, qu faz a trilha sonora da série.

http://www.4shared.com/file/206276767/8e31bbcb/Lights_Theme.html


A musica é do anime Death Note. *-*
E os poemas eu escrevi ouvindo ela, por isso achei legal mandar ^^
Não sei se alguém vai ler isso aqui né u.u Maaaaaaas.

E antes que eu esqueça, tem que ler o 'sinal' por ultimo. Mas a ordem tanto faz.
Eu escrevi primeiro o Ponto, depois o Desfalecendo, Barulho e Sinal .-.

Só isso *O*
:* Té maaais ^^

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

D.



O som seco de passos sobre a madeira que formava aquele piso. O próprio barulho parecia denunciar o tempo. O tempo em que ninguém pisara ali. O pó contava a história, de maneira hostil, e solitária. E com tantos sinais, quem seria ele para negar a tragédia de sua vida? Estava escrito nas paredes – nos corredores paredes brancas, em alguns aposentos manchadas de grafite e sangue. Mas tudo fora á muito tempo atrás. A cada passo, memórias chicoteavam sua mente, as imagens, que em pouco tempo se formavam em sua cabeça. Feridas antigas, marcas para uma eternidade. Eternidade que poderia muito bem ter outro nome. Na verdade, aquilo poderia ter milhares de nomes. E talvez fosse desperdício de tempo, tentar nomear algo morto. Sim, morto. Nada mais morto do que o passado, não? E não importa a vivacidade que as memórias tenham, nem quão aterrorizantes sejam os pesadelos que elas provocam ao longo da vida – passado é imutável tal como a morte. Não há o que se fazer. Não importa quantas palavras e manchas possam ser apagadas daquelas paredes, nada muda o fato de que elas estiveram ali, por que elas estiveram ali, e o mal que causaram por estar ali. Era inútil pensar nisso agora, que ele andava pelo corredor. Que parecia ser grande demais, após tanto tempo. Ou nem tão grande assim, o final já se aproximava. Uma das portas de madeira pesada, o seu antigo presídio, o seu antigo quarto, estava próximo demais. E na fechadura, teias, e um esqueleto de aranha. Sua fobia. E era tudo tão vivo em sua cabeça, que era como se ele estivesse vivendo uma daquelas noites de novo. Entrar no quarto, revirá-lo. Pensar o suficiente para se torturar, e então vir á sua mente todas as coisas, se cenas do dia. Lembra-se do dia em que caiu no meio da rua? Nada de mais, é claro, acontece com tantas pessoas. Não faria diferença aquela queda. Só que eles estavam olhando – como sempre. Olhando e percebendo cada erro que ele poderia cometer. E ele cometera um erro. Pena aquele erro ser tão insignificante a ponto de ser apenas um pingo em meio a tempestade. Era outro seu erro – ele nem mesmo sabia qual era esse erro. O que fazer então, quando recebe punição por um crime que não sabe se cometeu, como cometeu? Eles não se importavam se ele foi de fato criminoso, e não estavam ali para julgar sua culpa ou inocência. Estavam ali para punir, e o fizeram. Os socos não doíam, a pele não ficara roxa por mais de três dias. O pior era saber o que aconteceu. E o pior ainda era saber quem além deles via. E não se importava com ele. Ela não se importava. Ninguém se importava. Isso não devia doer, mas ela fazia isso doer. Ele não podia dizer, ele não podia falar com ninguém. Era uma tortura, e ele não sabia por que a sofria. Não conseguia descobrir o porque. Havia milhares de pessoas no mundo, por que aconteceu justo com ele? Não havia explicação. E não havia como ele se libertar, e nem como ele pedir ajuda, ninguém podia falar-lhe. Então as paredes, suas amigas, escutando suas palavras, mas berros não eram suficientes, não curavam sua dor. O que curaria? O branco se tornando em cinza em seu quarto, e logo a escuridão. Em todos os lugares de sua casa. Uma grande casa, uma grande porcaria. Como se compensasse tudo que havia passado. O que ele tinha para comer, o dinheiro que ele tinha. A sua vida era limitada – limites, sua vida era composta por limites. O limitaram ao máximo, para esconder do mundo uma mente brilhante. Mente solitária. E não foram lágrimas – não tinha a capacidade de chorar, não aprendera isso – foram palavras a sua salvação. Escritas em toda a parte, junto aos móveis quebrados, de seu ultimo ataque de fúria. Então o estardalhaço de coisas se quebrando, chamou a atenção – o que era para ser um erro fatal...

Tentaram o curar, clínicas e tratamentos. Mudou de país, e passou alguns anos na casa de uma família, o que fazia parte de seu tratamento. O dinheiro que perdeu, ganhou de volta. Conseguiu um emprego decente, e várias pessoas o ajudavam – até demais. Nunca mais soubera dela. Para não mentir, a ultima vez que escutara seu nome, ela estava ainda na mesma situação que antes. A única diferença eram as olheiras e a palidez que ia aparecendo em seu rosto. O tempo curou as feridas em sua pele, e algumas em sua alma – apesar de curadas, nada podia negar que elas ali já estiveram – e aos poucos, sua vida se tornava “normal”. Até que uma investigação da polícia fez que todos seus antigos bens fossem reconstituídos, e o destino o trouxesse ali outra vez. Em frente aquela porta, que o levava ao filme que relatava seu passado. E quando a porta se abriu, viu que nenhum boato referente á ela era mentira. A pele pálida, as olheiras, os olhos vazios. A indiferença era a mesma, mas algo lhe caia estranho. Todas as vezes que a vira, ela estava sentada lendo. Agora apontava algo na direção dele. Mas ele não teve tempo de perceber o que era.

” Não existia além do céu,
Eu fiz surgir nas minhas paredes,
Doentes, dementes,
Sentimentos inconseqüentes.”


[Por Larissa Cândido da Silva]


-

Ooi. .-. Esse é D. um texto que escrevi faz teeeeeeeempo. Eu gosto muito dele *-*
O modo como foi escrito, deve ser lido como se fossem pensamentos. São distorcidos e confusos. Muitas vezes sem ordem. D:

Como ninguém lê essa joça mesmo, não vou falar 'espero que gostem.' .-. Mas eu espero isso. ISUAHDIASUHDUIAHS
E acho que vou postar mais coisas aqui uma hora dessas. .-.
Mesmo que ninguém leia @_@
Que blog falido ><
/parey

:*